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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ABS no pé

Uma das maiores dificuldades para quem volta a dirigir o Fusca, depois de se acostumar com os freios modernos, é a sensibilidade com o pé direito na 'dureza' de parar o carro. Mas só nas primeiras voltas, depois fica mais fácil, até em condições extremas. A VW até ensinou como simular o ABS e frear com segurança.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Carro tem nome?

Para mim, carros não são apenas objetos capazes de nos levar de um lugar a outro. Também não dou a mínima para o marketing e os valores sociais que envolvem a compra e a posse. Gosto de imaginar um carro como um ser vivo, que tem sentimentos e que se manifesta por mínimos sinais, por isso chego a conversar com eles.
Daí, veio a mania de dar nome aos meus carros. Muitos receberam apelidos carinhosos, baseados na cor ou no modelo, outros tiveram o privilégio de ter até sobrenome. Meu antigo Fuscão era o Royal, por causa do tom azul. O anterior, Laranjinha, por sua cor laranja outono, quando quebrava era Amarelão. Minha F-100 de 1958 era a Velhinha Nervosa, por causa das rabeadas que dava com seu motorzão V8. Meu Maverick 1979 era o Zé Trindade, só não lembro o motivo.
Meu novo Fusca chegou até mim depois de conviver por mais de 30 anos com seu antigo dono. Uma relação que se manteve por tanto tempo graças ao amor que esse homem teve por seu carro, incapaz de vende-lo, mesmo sabendo que seu tempo estava no fim. Então, por que desfazer essa aliança? O Fusca virou João Bosco, em homenagem ao seu velho amigo.
Estou certo que assim, onde estiver, o Seu João estará feliz.


Caçapava promove fim de semana dedicado aos carros antigos



Roberto Lee foi um dos primeiros brasileiros a valorizar os automóveis antigos e abriu sua coleção para exposição, até perder a vida, vítima de um crime passional.
Sua coleção inclui o revolucionário e raro Tucker, que teve sua história contada com o filme de Coppola.
Neste final de semana, os amantes dos carros antigos têm um encontro marcado em Caçapava, um evento organizado pelo Museu Roberto Lee.
Um encontro imperdível que inclui exposição de carros clássicos, viaturas da 2ª Guerra Mundial e muita diversão.

Maiores informações: (12) 3652-9222

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Diferenças de nascença e transformações

Quem não conhece um Fusca de perto costuma pensar que todos são iguais, afinal, suas famosas curvas ficaram praticamente inalteradas por toda a sua longa existência. Não é bem assim. A cada período eram feitas pequenas alterações, quase imperceptíveis, mas que não escapam do olhar atento de quem é apaixonado pelo carro.
A maioria das mudanças é pouco relevante, como um padrão diferente de cor, uma nova textura ou padrão de estampa, outras mais significativas, como tamanho de vidros, formato de para-choques e faróis.
Em 1979, o popular recebeu uma das mudanças mais notáveis, com novos para-lamas traseiros ostentando lanternas bem maiores. Não foi à toa que ficaram conhecidas como lanternas fafá, pela criativa associação que o público fez com a cantora Fafá de Belém, destacando seus atributos mais volumosos e, por que não, bonitos.
Aliás, os carros produzidos no primeiro semestre desse ano eram iguais aos de 1978. As mudanças só apareceram nos que saíram da linha de produção a partir do 2º semestre.
Um Fusca 1300L fabricado em agosto de 1979, por exemplo, continuou com as características mais luxuosas do modelo 1500 e recebeu a lanterna maior, mas ao invés da tampa traseira com aletas para entrada de ar, ficou com a tampa lisa, que caracterizava o modelo mais simples, o 1300 STD.
As mudanças promovidas pela fábrica são reconhecidas e valorizadas, mas o mercado não costuma gostar da criatividade dos proprietários que resolvem brincar de Lego com seus carros. Como os encaixes são os mesmos, ainda é bastante comum substituir partes da lataria, agregando peças de modelos mais novos, à medida que os pequenos acidentes acontecem.
A mais comum, talvez, é a troca dos para-lamas e lanternas traseiros dos antigos pelo padrão fafá. Não raro, a lista de mudanças incluí a ‘modernização’ das rodas, para-lamas dianteiros e para-choques, descaracterizando completamente o carrinho, que até pode ganhar em funcionalidade, mas perde toda a sua graça.
Claro que as trocas são feitas com a melhor das intenções, mas essa prática acabou criando verdadeiras aberrações que certamente são rejeitadas por quem procura um carro de boa qualidade e pretende manter seu aspecto original, a fim de conseguir uma placa preta.
A coisa fica pior com a inclusão dos acessórios mais modernos, como equipamentos de som, faróis com lâmpadas de xênon, apliques de neon, rodas mais largas e de diâmetro menor, volantes e bancos esportivos, escapamentos barulhentos, enfim, um exagero tão grande que não raro acaba agradando apenas ao dono.
Tem gosto pra tudo, claro. E cada um faz o que bem entende. O melhor é original, como saiu da fábrica. Como acessório, até vale um aparelho de som mais moderno, mas não muito longe disso.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Super VW Festival Le Mans 2014

O maior templo do automobilismo recebeu, no último final de semana, o Super VW Festival Le Mans 2014 que reuniu carros históricos com motorização Volkswagen. Entre eles, Kombis, Karmanguias e, claro, o nosso querido Fusca.

Os participantes puderam acampar no entorno do histórico circuito francês e dar uma volta pelo asfalto sagrado, além de participar de diferentes atividades, como encontro de trocas, disputas de aceleração, desfiles e premiação dos melhores carros.

Maiores informações: http://www.supervwfestival.com/fr/

Rádio para carro, de verdade

Todo garoto curte um bom som no carro. Já fui assim, por isso não critico quem desfila pelas ruas ouvindo um batidão. Apenas tenho pena dos seus ouvidos.
Quando tive o meu primeiro Fusca, na década de 1980, não sosseguei até comprar um autêntico toca-fitas Roadstar integrado com um poderoso amplificador Tojo, com sistema de gaveta e o tampão traseiro equipado com poderosos autofalantes e twitters.
O conjunto clássico da época não resistiu ao primeiro passeio na praia, em Ubatuba. Enquanto me divertia curtindo as ondas, os malandros abriram meu carro e levaram tudo. Não deixaram nem as roupas guardadas no inferninho.
A sensação de perda foi tão ruim que nunca mais tive interesse em gastar mais que o básico em um som automotivo. Ouço radiojornalismo na maior parte do tempo, por isso qualquer radinho com AM/FM me serve. Reprodutor de MP3 é um luxo.
O problema é que estou na contramão da maioria dos consumidores. O que costuma ser valorizado nos aparelhos tem cada vez menos a ver com o que me interessa, a qualidade de recepção do rádio. O AM está em fase de extinção, da mesma forma que já ocorreu com as Ondas Curtas.
Hoje, os aparelhos nem são chamados de rádios, mas reprodutores multimídia, capazes de tocar arquivos em cartões de memória e dispositivos USB, com telas mais nítidas que a TV da minha sala.
Os preços estão cada vez menores e, talvez por isso, as grandes marcas deixaram de se interessar pelo mercado automotivo. Se ainda mantém alguns produtos, reduziram a variação de modelos. O que mais se encontra são os chineses genéricos com estampas de marcas nacionais, sem tradição.
De uma forma quase instintiva, guardei o melhor rádio automotivo que já tive, um Bosch San Francisco, retirado antes de vender minha Belina Del Rey.
Quando comprei meu Fusca, tratei de instalar meu Bosch. Ficaria uma perfeita combinação se o rádio não tivesse se estragado com o tempo. Todos os leds acendem e a recepção em AM e OC continua firme, mas o FM não funciona. Possivelmente os componentes eletrônicos não resistiram ao guarda-roupas.
Desiludido, pesquisei um aparelho novo. Nada parece ser bom, são frágeis. Estou certo que se não derreterem em uma tarde de sol, a recepção não vai pegar qualquer estação que esteja fora dos limites da minha cidade. Ouvir rádios como CBN ou Band News, de São Paulo, distantes a 150Km, será impossível.
Fico triste por ver que a coisa vai mal. Mesmo querendo e disposto a pagar, não encontro um bom produto. Já me decidi, vou encontrar algum técnico para consertar o meu antigo rádio. Só espero que ainda exista um profissional.