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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Um certo Fusca chamado João Bosco
João Bosco é o meu Fusca. Nesse vídeo, a história do nosso encontro.
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sexta-feira, 1 de agosto de 2014
ABS no pé
Uma das maiores dificuldades para quem volta a dirigir o Fusca, depois de se acostumar com os freios modernos, é a sensibilidade com o pé direito na 'dureza' de parar o carro. Mas só nas primeiras voltas, depois fica mais fácil, até em condições extremas. A VW até ensinou como simular o ABS e frear com segurança.
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Carro tem nome?
Para mim, carros não são apenas
objetos capazes de nos levar de um lugar a outro. Também não dou a mínima para o
marketing e os valores sociais que envolvem a compra e a posse. Gosto de
imaginar um carro como um ser vivo, que tem sentimentos e que se manifesta por
mínimos sinais, por isso chego a conversar com eles.
Daí, veio a mania de dar nome aos
meus carros. Muitos receberam apelidos carinhosos, baseados na cor ou no
modelo, outros tiveram o privilégio de ter até sobrenome. Meu antigo Fuscão era
o Royal, por causa do tom azul. O anterior, Laranjinha, por sua cor laranja
outono, quando quebrava era Amarelão. Minha F-100 de 1958 era a Velhinha
Nervosa, por causa das rabeadas que dava com seu motorzão V8. Meu Maverick 1979
era o Zé Trindade, só não lembro o motivo.
Meu novo Fusca chegou até mim
depois de conviver por mais de 30 anos com seu antigo dono. Uma relação que se
manteve por tanto tempo graças ao amor que esse homem teve por seu carro,
incapaz de vende-lo, mesmo sabendo que seu tempo estava no fim. Então, por que
desfazer essa aliança? O Fusca virou João Bosco, em homenagem ao seu velho
amigo.
Estou certo que assim, onde
estiver, o Seu João estará feliz.
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Caçapava promove fim de semana dedicado aos carros antigos
Sua coleção inclui o revolucionário e raro Tucker, que teve sua história contada com o filme de Coppola.
Neste final de semana, os amantes dos carros antigos têm um encontro marcado em Caçapava, um evento organizado pelo Museu Roberto Lee.
Um encontro imperdível que inclui exposição de carros clássicos, viaturas da 2ª Guerra Mundial e muita diversão.
Maiores informações: (12) 3652-9222
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quarta-feira, 30 de julho de 2014
Diferenças de nascença e transformações
Quem não conhece um Fusca de perto
costuma pensar que todos são iguais, afinal, suas famosas curvas ficaram
praticamente inalteradas por toda a sua longa existência. Não é bem assim. A
cada período eram feitas pequenas alterações, quase imperceptíveis, mas que não
escapam do olhar atento de quem é apaixonado pelo carro.
A maioria das mudanças é pouco
relevante, como um padrão diferente de cor, uma nova textura ou padrão de
estampa, outras mais significativas, como tamanho de vidros, formato de
para-choques e faróis.
Em 1979, o popular recebeu uma das
mudanças mais notáveis, com novos para-lamas traseiros ostentando lanternas bem
maiores. Não foi à toa que ficaram conhecidas como lanternas fafá, pela
criativa associação que o público fez com a cantora Fafá de Belém, destacando
seus atributos mais volumosos e, por que não, bonitos.
Aliás, os carros produzidos no
primeiro semestre desse ano eram iguais aos de 1978. As mudanças só apareceram
nos que saíram da linha de produção a partir do 2º semestre.
Um Fusca 1300L fabricado em agosto
de 1979, por exemplo, continuou com as características mais luxuosas do modelo
1500 e recebeu a lanterna maior, mas ao invés da tampa traseira com aletas para
entrada de ar, ficou com a tampa lisa, que caracterizava o modelo mais simples,
o 1300 STD.
As mudanças promovidas pela
fábrica são reconhecidas e valorizadas, mas o mercado não costuma gostar da criatividade
dos proprietários que resolvem brincar de Lego com seus carros. Como os encaixes
são os mesmos, ainda é bastante comum substituir partes da lataria, agregando peças
de modelos mais novos, à medida que os pequenos acidentes acontecem.
A mais comum, talvez, é a troca
dos para-lamas e lanternas traseiros dos antigos pelo padrão fafá. Não raro, a
lista de mudanças incluí a ‘modernização’ das rodas, para-lamas dianteiros e
para-choques, descaracterizando completamente o carrinho, que até pode ganhar
em funcionalidade, mas perde toda a sua graça.
Claro que as trocas são feitas com
a melhor das intenções, mas essa prática acabou criando verdadeiras aberrações
que certamente são rejeitadas por quem procura um carro de boa qualidade e
pretende manter seu aspecto original, a fim de conseguir uma placa preta.
A coisa fica pior com a inclusão
dos acessórios mais modernos, como equipamentos de som, faróis com lâmpadas de xênon,
apliques de neon, rodas mais largas e de diâmetro menor, volantes e bancos
esportivos, escapamentos barulhentos, enfim, um exagero tão grande que não raro
acaba agradando apenas ao dono.
Tem gosto pra tudo, claro. E cada
um faz o que bem entende. O melhor é original, como saiu da fábrica. Como
acessório, até vale um aparelho de som mais moderno, mas não muito longe disso.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014
Super VW Festival Le Mans 2014
O maior templo do automobilismo recebeu, no último final de semana, o Super VW Festival Le Mans 2014 que reuniu carros históricos com motorização Volkswagen. Entre eles, Kombis, Karmanguias e, claro, o nosso querido Fusca.
Os participantes puderam acampar no entorno do histórico circuito francês e dar uma volta pelo asfalto sagrado, além de participar de diferentes atividades, como encontro de trocas, disputas de aceleração, desfiles e premiação dos melhores carros.
Maiores informações: http://www.supervwfestival.com/fr/
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Rádio para carro, de verdade
Todo garoto curte um bom som no
carro. Já fui assim, por isso não critico quem desfila pelas ruas ouvindo um
batidão. Apenas tenho pena dos seus ouvidos.
Quando tive o meu primeiro Fusca,
na década de 1980, não sosseguei até comprar um autêntico toca-fitas Roadstar integrado
com um poderoso amplificador Tojo, com sistema de gaveta e o tampão traseiro equipado
com poderosos autofalantes e twitters.
O conjunto clássico da época não
resistiu ao primeiro passeio na praia, em Ubatuba. Enquanto me divertia
curtindo as ondas, os malandros abriram meu carro e levaram tudo. Não deixaram
nem as roupas guardadas no inferninho.
A sensação de perda foi tão ruim
que nunca mais tive interesse em gastar mais que o básico em um som automotivo.
Ouço radiojornalismo na maior parte do tempo, por isso qualquer radinho com
AM/FM me serve. Reprodutor de MP3 é um luxo.
O problema é que estou na
contramão da maioria dos consumidores. O que costuma ser valorizado nos
aparelhos tem cada vez menos a ver com o que me interessa, a qualidade de
recepção do rádio. O AM está em fase de extinção, da mesma forma que já ocorreu
com as Ondas Curtas.
Hoje, os aparelhos nem são
chamados de rádios, mas reprodutores multimídia, capazes de tocar arquivos em
cartões de memória e dispositivos USB, com telas mais nítidas que a TV da minha
sala.
Os preços estão cada vez menores
e, talvez por isso, as grandes marcas deixaram de se interessar pelo mercado
automotivo. Se ainda mantém alguns produtos, reduziram a variação de modelos. O
que mais se encontra são os chineses genéricos com estampas de marcas
nacionais, sem tradição.
De uma forma quase instintiva,
guardei o melhor rádio automotivo que já tive, um Bosch San Francisco, retirado
antes de vender minha Belina Del Rey.
Quando comprei meu Fusca, tratei
de instalar meu Bosch. Ficaria uma perfeita combinação se o rádio não tivesse
se estragado com o tempo. Todos os leds acendem e a recepção em AM e OC
continua firme, mas o FM não funciona. Possivelmente os componentes eletrônicos
não resistiram ao guarda-roupas.
Desiludido, pesquisei um aparelho
novo. Nada parece ser bom, são frágeis. Estou certo que se não derreterem em
uma tarde de sol, a recepção não vai pegar qualquer estação que esteja fora dos
limites da minha cidade. Ouvir rádios como CBN ou Band News, de São Paulo, distantes
a 150Km, será impossível.
Fico triste por ver que a coisa
vai mal. Mesmo querendo e disposto a pagar, não encontro um bom produto. Já me
decidi, vou encontrar algum técnico para consertar o meu antigo rádio. Só
espero que ainda exista um profissional.
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domingo, 27 de julho de 2014
Chegadas e partidas
Quando um chegou, o outro partiu.
E a alegria ficou engasgada pela dor da despedida.
Em uma época que Fusca era
sinônimo de automóvel, sonho de quem comprava um carnê do Baú da Felicidade,
meu pai não cansava de dizer que só mesmo brasileiro para gostar de um carro
tão esquisito, apertado e desconfortável.
Tinha lá sua razão, mas penso que
também gostava de manter-se como uma voz dissidente da opinião geral, nos mais
diversos assuntos. Se Pelé era o rei, preferia Tostão. Bebia Pepsi e dispensava
a Coca-Cola.
Italiano, não tinha direito ao
voto, mas não deixava de dar suas opiniões sobre política, geralmente a favor
da oposição. Não que tivesse uma tendência de esquerda ou de direita, simplesmente
gostava de ser do contra.
A Fiat deve uma parte de seu
sucesso ao meu querido napolitano. Quando desembarcou no Brasil e passou a
produzir os primeiros modelos 147, o velho fez questão de ser um dos primeiros
compradores.
Não se cansava de elogiar a
novidade, destacando o espaço interno e a economia do motor transversal,
enquanto todos preferiam ouvir os conselhos dos seus mecânicos, que ainda
temiam consertar algo tão complexo quanto o carrinho italiano.
Como todo garoto, minha opinião
era a paterna, por isso quando a conversa com os meninos da rua chegava ao carro
preferido, defendia o Fiat. Cheguei a brigar quando um menino passou a repetir “Fui
Iludido Agora é Tarde”, como o significado da sigla.
Alguns anos depois, em meados dos
anos 80, o Fusca perdia terreno para outros carros mais modernos, com o Gol
ganhando as ruas. Então, meu pai chegou com um Fusquinha 77, comprado em um
leilão de frota da Telesp.
Trocou o laranja e azul da
empresa por um bege claro e descobriu as vantagens de ter um carro econômico e
robusto, capaz de carregar todas as suas coisas com o bagageiro no teto:
madeira de construção, ferramentas, portas, janelas, escadas, móveis,
geladeira, enfim, tudo que ele precisava para realizar o sonho de construir uma
casa na praia.
Com o “beginho”, aprendi a dirigir e dei minhas primeiras voltas de fins de semana, mas só conseguia as
chaves depois de perder horas com a limpeza, mesmo sem lhe devolver o brilho, já que as latas de Grand Prix não eram suficientes para
tirar as marcas de tanto trabalho debaixo do sol.
Tive boas histórias com o Fusca.
Por isso, bem mais velho e apesar de ter dois carros novos da Fiat na garagem,
resolvi comprar mais um alemãozinho. Meu coração balançou quando encontrei um
1979, um dos primeiros com lanterna Fafá, bem conservado e original, cuidado
pelo mesmo dono por mais de 30 anos e deixado como herança.
No caminho para casa, revivi a
emoção das primeiras aceleradas no carro do meu pai. Gargalhei sozinho, com a
bronca que me daria, quando arranhei uma troca de marcha, desacostumado com o
câmbio.
Mesmo sem depender da aprovação
do velho, pensei em como seria a sua reação ao me ver com o Fusca. Tenho
certeza que brigaria e, mais uma vez, me diria que desconfiava da minha
sanidade mental. Aquela gritaria italiana que passa rápido, ficando tudo bem
depois de cinco minutos.
Não deu tempo. Cheguei a casa e o
telefone tocou, confirmando a sua partida, para nunca mais voltar.
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quinta-feira, 24 de julho de 2014
Velocímetro
Como todos sabem, Fusca tem humor próprio, cada dia se manifesta de uma forma diferente.
O meu começou a falhar no velocímetro. Em alguns dias, saía e estava tudo bem, marcando a velocidade como sempre. Em outros, parava e não voltava, mesmo com meus apelos emocionais.
Apesar de saber que não iria resolver o problema, troquei o cabo, para deixar a consciência menos tensa. Ainda é fácil encontrar um bom cabo nas lojas e não custa caro. O serviço é bem tranquilo.
Mas o caso era mais grave. Meu velocímetro sofreu antes, pelo desleixo do dono anterior, por isso precisou da ajuda de um especialista.
E a mão de obra é a questão mais complicada. Na minha cidade, são poucos os profissionais disponíveis que conhecem esse tipo de serviço e não é fácil encontrá-los. Aliás, o plural nem é adequado.
Consulta na Internet não é uma opção. Caras antigos que trabalham com isso mal têm um telefone para contato, quanto mais um site. Nem pense em pagar o serviço com o cartão de débito ou crédito, só trabalham com dinheiro, talvez aceitem cheque de conhecidos.
Perguntando para um e outro, encontrei finalmente o Barbosa Velocímetro, com letras apagadas que indicavam ser especialista em VDO, a marca original do Fusca.
Como já passava do meio dia e o pátio estava cheio de vans, tive que voltar no dia seguinte, com a recomendação de chegar bem cedo, para garantir o atendimento.
Madruguei, mesmo assim, um cara que seguia pelo mesmo caminho, na minha frente, entrou no mesmo lugar e só pude ser atendido depois que o Renault Clio que ele dirigia teve o painel remontado, duas horas depois.
Na minha vez, o velocímetro foi retirado e levado para um "Laboratório", com entrada proibida. Só pude ouvir os barulhos que vinham daquela pequena oficina escura. Depois de um tempo, o "Seu Barbosa" saiu para me perguntar se eu me lembrava da quilometragem do carrinho, porque teve que zerar o hodômetro. Por sorte, tinha fotografado antes do conserto.
Mais uma hora de serviço secreto.
Na fila, caras igualmente ansiosos. Todos chegaram por indicação de outros profissionais. O que estava atrás, procurava consertar o velocímetro da sua F-1000. Foi encaminhado pelo funcionário da Ford, porque o cabo da sua caminhonete está fora do catálogo e não existe nem por encomenda.
Batemos um papo até que, finalmente, a porta do "Laboratório" é aberta e todos olham como se estivessem esperando pelo médico, depois de uma cirurgia.
Monta o equipamento no carro e me leva até o escritório, onde passa o preço para sua funcionária. Depois, volta para atender o próximo.
Agradeço e saio, confiante de que desse mal meu Fusca não vai mais sofrer.
Vou incluir o "Seu Barbosa" nas minhas orações. Doutores como ele estão cada vez mais raros.
O meu começou a falhar no velocímetro. Em alguns dias, saía e estava tudo bem, marcando a velocidade como sempre. Em outros, parava e não voltava, mesmo com meus apelos emocionais.
Apesar de saber que não iria resolver o problema, troquei o cabo, para deixar a consciência menos tensa. Ainda é fácil encontrar um bom cabo nas lojas e não custa caro. O serviço é bem tranquilo.
Mas o caso era mais grave. Meu velocímetro sofreu antes, pelo desleixo do dono anterior, por isso precisou da ajuda de um especialista.
E a mão de obra é a questão mais complicada. Na minha cidade, são poucos os profissionais disponíveis que conhecem esse tipo de serviço e não é fácil encontrá-los. Aliás, o plural nem é adequado.
Consulta na Internet não é uma opção. Caras antigos que trabalham com isso mal têm um telefone para contato, quanto mais um site. Nem pense em pagar o serviço com o cartão de débito ou crédito, só trabalham com dinheiro, talvez aceitem cheque de conhecidos.
Perguntando para um e outro, encontrei finalmente o Barbosa Velocímetro, com letras apagadas que indicavam ser especialista em VDO, a marca original do Fusca.
Como já passava do meio dia e o pátio estava cheio de vans, tive que voltar no dia seguinte, com a recomendação de chegar bem cedo, para garantir o atendimento.
Madruguei, mesmo assim, um cara que seguia pelo mesmo caminho, na minha frente, entrou no mesmo lugar e só pude ser atendido depois que o Renault Clio que ele dirigia teve o painel remontado, duas horas depois.
Na minha vez, o velocímetro foi retirado e levado para um "Laboratório", com entrada proibida. Só pude ouvir os barulhos que vinham daquela pequena oficina escura. Depois de um tempo, o "Seu Barbosa" saiu para me perguntar se eu me lembrava da quilometragem do carrinho, porque teve que zerar o hodômetro. Por sorte, tinha fotografado antes do conserto.
Mais uma hora de serviço secreto.
Na fila, caras igualmente ansiosos. Todos chegaram por indicação de outros profissionais. O que estava atrás, procurava consertar o velocímetro da sua F-1000. Foi encaminhado pelo funcionário da Ford, porque o cabo da sua caminhonete está fora do catálogo e não existe nem por encomenda.
Batemos um papo até que, finalmente, a porta do "Laboratório" é aberta e todos olham como se estivessem esperando pelo médico, depois de uma cirurgia.
Monta o equipamento no carro e me leva até o escritório, onde passa o preço para sua funcionária. Depois, volta para atender o próximo.
Agradeço e saio, confiante de que desse mal meu Fusca não vai mais sofrer.
Vou incluir o "Seu Barbosa" nas minhas orações. Doutores como ele estão cada vez mais raros.
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domingo, 20 de julho de 2014
Dicas para comprar um Fusca
Marcelo Tonella está ficando famoso na Internet por suas dicas de manutenção mecânica do Fusca, gravadas com a ajuda da sua pequena "cinegrafista" Bianca. Quando tive saudades de ter um Fusca, essa série de dicas me ajudou muito a procurar o meu novo carrinho. Divide-se em 6 partes, segue a primeira e, depois, basta seguir os links para os demais.
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Sapatos novos
Muita gente pensa que o clássico
pneu do Fusca, diagonal com a medida 5.60x15, não é mais fabricado e está
indisponível nas lojas, tendo sido substituído totalmente pelo modelo radial,
lançado para calçar o Fusca Itamar, com a medida 165R15. Isso não aconteceu.
Opções no mercado
Opções no mercado
Na rede Pirelli é possível
encontrar com facilidade o clássico pneu Tornado Alfa, instalado no Fusquinha
quando saía da fábrica. O modelo pode ser montado sem a câmera de ar, mas
caso a roda esteja enferrujada e não permita a colocação do bico, também é
possível encontrar a câmera na mesma medida.
A Firestone mantém o modelo P671, com as características tradicionais para o asfalto e a Maggion
chega a oferecer duas opções, sendo o Falco F2 indicado para o uso comum e o
Militar, que além de rodar bem no piso urbano, ajuda a encarar as estradas de
terra e lama.
Dos grandes fabricantes, somente
a Goodyear parece ter abandonado a medida, já que o sistema de consulta do site
não indica essa opção e, mesmo para o Itamar, oferece um pneu fora de especificação.
Diagonal ou radial
Diagonal ou radial
A principal vantagem de escolher o diagonal é a de manter a originalidade do carrinho, respeitando suas
características mecânicas, sem forçar a suspensão e o sistema de direção, que
se mantém leve nas manobras.
O radial do Itamar custa, em
média, 50% mais caro, um aumento que pode ser justificado pelas vantagens
oferecidas, como maior aderência nas curvas, resistência aos furos, melhor
resposta nas frenagens e acelerações, além de diminuir as chances de
aquaplanagem sob as fortes chuvas. Mas também deixa a direção mais pesada.
Para os colecionadores e
apreciadores do Fusca, vale sempre o original, com o diagonal para os modelos
até 86 e radial para a segunda série, de 94 a 96, respeitando a engenharia dos
projetos. Quem não se preocupa com esses detalhes pode escolher livremente entre um e outro.
Fora de padrão
Fora de padrão
É comum que os donos optem pela
roda aro 14, da Brasília, e coloquem pneus com bandas mais largas, para ganhar estabilidade.
Outros vão além, chegando até a calçar os carrinhos com aro 13.
Mas é preciso lembrar que quanto
maior a distância das especificações indicadas pela Volkswagen, mais rápido
irão chegar os prejuízos mecânicos, primeiro na diferença de medição do
velocímetro, depois nas folgas na caixa de direção e na suspensão, seguidas dos
problemas estruturais do chassi.
Por isso, medidas fora do padrão não são apreciadas pelos compradores exigentes.
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quarta-feira, 16 de julho de 2014
Você viu o Fusca?
Todo mundo já
teve um Fusca. Essa verdade valeu como absoluta até ele sair de cena,
transformando o antigo trânsito colorido em um mar de prata, cinza e preto.
Tanto tempo depois
de o último ser fabricado, muitos Fuscas ainda persistem pelas ruas, recebendo
a atenção de quem guarda boas histórias com ele. Até as crianças esticam seus
dedinhos para apontar o carrinho.
A presença no
asfalto se deve pela robustez, um conceito antiquado e indesejável pela
indústria moderna, ocupada em projetar coisas que se acabam com maior
facilidade, para que continue a produzir.
Por isso, não
pense que seu lindo carro zero irá durar por muito tempo. Talvez você o aguente
por uns 5 anos, até dispensá-lo, com chances do usado passar de mão em mão até virar
sucata, depois de umas 15 ou 20 primaveras. A roda da economia precisa girar e
a natureza que se lasque. Nessa conta, entra fácil o novo Fusca, que do velho
só carrega a lembrança das curvas.
Não acredite,
com isso, que sou contra a evolução das coisas, só não gosto dessa conta que
não fecha, já que os recursos não duram para sempre. Fico arrepiado de pensar
onde isso vai dar.
Concordo,
porém, que os carros modernos estão na frente dos que eram produzidos há 20
anos. São mais econômicos, racionais e seguros. Mas você deve concordar, também,
que logo eles devem sair de cena, condenados a virar lixo, em troca de outros ainda
mais econômicos, racionais e seguros.
Não dá para
resistir. Tudo muda e é verdade que em breve o Fusca estará apenas nas
fotografias dos álbuns de família.
Até quando?
Difícil dizer. Por isso, não duvido que lá na frente, um desses carros do
futuro tenha a janela manchada com o dedinho curioso de uma criança, apontando
um Fusca, conduzido por um motorista feliz.
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